3.2 - "Sugestões Básicas para a Construção de um Bonsai"
Os bonsaístas tradicionais seguem as "regras básicas" e as consideram fundamentais para a correta construção de seu bonsai. Outros, que denominarei aqui de "não tradicionais", não veem o mesmo significado nelas e valorizam mais o resultado visual do trabalho realizado.
Por exemplo, vejamos algumas "regras básicas:
· A largura do tronco, na base de uma árvore, tem que ser igual ou maior do que a
altura da bandeja;
· O comprimento da bandeja tem que ser igual a dois terços da altura da planta;
· É ideal que a altura da planta seja seis vezes a largura da base;
· É ideal que a altura da planta seja seis vezes a largura da base;
· Considera-se defeituoso um bonsai em que o primeiro galho aponta para a frente;
· Salvo alguns estilos muito específicos, na maior parte dos casos o bonsai tem que
· Salvo alguns estilos muito específicos, na maior parte dos casos o bonsai tem que
ser triangular.
Nosso trabalho, no Quintal, apresenta uma certa mistura entre seguir as Regras Básicas Tradicionais e Um Estilo mais Livre de se construir bonsai.
Temos dado mais atenção ao resultado estético, visual, do que à observância das regras tradicionais, embora reconheçamos o quanto elas, se seguidas atentamente, e com maestria, produzem resultados profundamente estéticos. Certamente, não nos sentimos, ainda, preparados para realizar obras semelhantes às dos grandes Mestres. Um dia, quem sabe, a gente chegará lá.
Temos dado mais atenção ao resultado estético, visual, do que à observância das regras tradicionais, embora reconheçamos o quanto elas, se seguidas atentamente, e com maestria, produzem resultados profundamente estéticos. Certamente, não nos sentimos, ainda, preparados para realizar obras semelhantes às dos grandes Mestres. Um dia, quem sabe, a gente chegará lá.
3.2.1 - A escolha de uma muda
Sempre que estou conversando sobre bonsai, invariavelmente, alguém surge com a pergunta: “É possível fazer um bonsai a partir da muda de qualquer planta?” Essa pergunta é pertinente, pois, em princípio, qualquer planta pode ser reduzida em seu tamanho, bastando, para isso, que se observem alguns detalhes no seu cultivo. Entretanto, quando se fala de bonsai, há alguns aspectos que não podem ser perdidos de vista. Entre eles está a importância que o "equilíbrio" e que a "harmonia" têm nessa arte.
Basta que se pense num bonsai feito a partir de uma muda de jaqueira ou de amendoeira, por exemplo, para que se perceba que o tamanho das folhas dessas plantas é muito grande e isso afetaria o visual de nosso bonsai.
O fruto de uma jaqueira é, teoricamente, maior do que um bonsai pequeno.
A harmonia e o equilíbrio do bonsai, construído a partir dessa planta, ficariam completamente comprometidos. Por isso, quando você selecionar uma muda para começar a fazer o seu bonsai, não se esqueça de levar em consideração o tamanho da fruta (se for árvore frutífera, é claro), o tamanho das folhas e o tamanho das flores da planta escolhida.
Outro aspecto importante refere-se ao tamanho do bonsai que se pretenda construir. Imaginemos que se queira fazer um bonsai míni (entre 5 e 15 centímetros), ou um clássico (entre 15 e 60 centímetros), ou um grande (entre 60 e 120 centímetros), nesse caso, a muda poderá ser de uma espécie com características bem diferentes umas das outras.
Uma serissa serve para fazer bonsai míni, clássico ou até grande. Uma muda de laranjeira, certamente não servirá para se fazer um minibonsai. Embora eu já tenha visto muitas plantas miniaturizadas, que receberam o título de bonsai, os bonsaístas mais rigorosos, nos seus critérios de classificação e conceituação do que vem a ser um bonsai, só aceitam como verdadeiros bonsai os construídos ou cultivados a partir de árvores. Eles dão o nome de "bonsai arquitetura" àquelas plantas pequenas, parecidas com um bonsai, construídas com outros tipos de vegetais.
As mudas com as quais estamos trabalhando, aqui no Quintal, são de: pitanga, bougainvíllea (primavera), ixória, serissa, fícus (rajado e verde), ipê, buxinho, jasmim, azaleia, cerejeira do Rio Grande, jabuticaba, pingo de ouro, aroeira, etc.
As mudas de bougainvíllea (primaveras) são as que mais possuímos, por termos, aqui, muitas matrizes (bougainvílleas antigas) de troncos grossos, com mais de 20 anos de idade.
As mudas de bougainvíllea (primaveras) são as que mais possuímos, por termos, aqui, muitas matrizes (bougainvílleas antigas) de troncos grossos, com mais de 20 anos de idade.
Temos conseguido fazer mudas a partir de estacas de troncos com mais de seis centímetros de diâmetro. Vale dizer que as mudas dessa espécie não conseguem engrossar o tronco, uma vez plantadas num vaso de bonsai. Por isso é importante que a plantemos nele quando o tronco já estiver numa grossura desejável para o projeto que estamos querendo realizar.
Há algumas pessoas que preferem fazer suas mudas a partir de sementes. Isso é possível, mas o tempo necessário, até que a planta cresça e tome forma e aspecto de envelhecimento é, para muitas espécies, muito longo. Por isso, há certas vantagens em se fazer o trabalho a partir de mudas já bem desenvolvidas e que já possuam uma estrutura de galhos e tronco que favoreçam sua transformação mais rápida num bonsai: coisas de nossa época e da vida que todos nós levamos, em que tudo preferentemente tem que acontecer com maior rapidez. Por causa disso, algumas pessoas mais questionadoras chegam a indagar se um bonsai construído a partir de uma estaca, ou uma planta já bastante desenvolvida, poderia ser chamada, realmente, de bonsai. Bem... Isso é uma questão a ser discutida, talvez numa outra oportunidade.
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